Sexta-feira, 18 horas na terra da garoa...Trânsito insuportável? Óbvio: 1 hora e quarenta minutos para sair do Itaim-bibi até a rodoviária do Tietê. Para tranquilizar, minha mãe, com toda sua calma falava "Fica tranquila, vai dar tudo certo".
Estou acostumada a viajar de ônibus...quando vou sozinha, acho bem melhor do que ir de carro. Mas estou habituada a ir para cidades relativamente próximas de São Paulo, portanto, 5 minutos de antecedência são suficientes para comprar a passagem, sentar na janela e sem ninguém do lado.
Não que nunca tenha viajado para lugares mais distantes...durante a adolescência, ia todas as férias para Maringá (PR), 9 horas de viagem...e achava o máximo. Mas a última vez que fiz isso, foi em 2003....E 5 anos é tempo suficiente para perder um hábito.
Chegando no guichê a primeira surpresa...sabia que tinha ônibus de 15 em 15 minutos para Ribeirão Preto, só não sabia que era tão disputado assim....o próximo era só às 20:45.
Sim, fiquei 1 hora e 5 minutos na rodoviária lotada de gente.
Dei uma volta por lá...assisti a um show ao vivo, de cantores latinos. Liguei para minha mãe falando que ela estava certa, fiz umas palavras cruzadas e quando vi, já estava na hora.
Chegando na plataforma, fila. Entreguei minha mala para colocar no bagageiro e aí, mais uma surpresa: "Mini ou rodoviária central?". Putz, como eu vou saber? Optei pela central e ainda falei "É em Ribeirão mesmo, né?!" (tonta).
O ônibus lotado, mas muito confortável, com lugar para colocar o pé e tudo mais. Cadeira devidamente enclinada, fone no ouvido. Antes de dar a partida, o motorista passou pelo corredor, conferindo os lugares preenchidos. Apagam-se as luzes, começa a aventura.
Como meu MP3 estava sem bateria, fui ouvindo rádio. Até Campinas, quando as rádios começaram a falhar. Decidi tentar dormir. A menina do meu lado, estava toda a vontade, devia estar acostumadissima a fazer o trajeto. Tinha bom gosto para música, fiquei ouvindo de intrometida seu MP3...até Cazuza rolou.
Tirei um cochilo.
Fui acordada por um grito abafado "20 minutos". Era a parada.
Nossa! Há quanto tempo não ouvia aqueles recados da parada...aquela música da lanchonete ao fundo. Nunca desci. Tinha medo de entrar no ônibus errado, ou perder a hora. Dessa vez, por pura preguiça.
Com uma pontualidade de deixar a Dona Elizabeth morrendo de inveja, 20 minutos depois, lá estávamos nós. Confere- tá todo mundo aí, partida, estrada. O sono bateu forte.
Acordei com um certo movimento no ônibus. Luzes e apitos de celulares, pessoas ligando falando "estou perto". Fiz o mesmo. Avisei meu pai, que estava chegando, para ele ir até a rodoviária central (contando que ele iria perguntar para alguém do hotel onde era).
Finalmente entendi o que era a tal mini...é a mini-rodoviária. A maioria desceu ali. Pouco tempo depois, cheguei na central.
01:20. Podre de cansada. Meu pai estava lá (ufa!).
Entramos no carro. "E agora?", pergunta daqui, pergunta de lá. Cada um ensinava um caminho diferente para a mesma rua. Depois de mil voltas no quarteirão (em 15 minutos), chegamos.
E assim foi o começo de uma nova fase....
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5 comentários:
Espero que dê tudo certo nessa nova fase.
Opa, saudades de ver vc por aqui. Mesmo vc perdendo o showzinho de sexta (muitos perguntaram por você) acho que compensou e muito pela sua ida pra Ribeirão!
Amo.
Ah, hahahahah!! Quero ir um dia em Ribeirão só pra me perguntarem se vou parar na mini! hahahahahah!
Morei meu último ano lá e agora estou de volta a SP. Você vai adorar a cidade. Principalmente a cerveja gelada e barata.
Aproveite.
Obrigado pela visita no meu blog.
beijos,
Bonito, né dona Ana, ou melhor: Donana... kkkkkkkkk
Passou aqui pela roça e não me deu nem um oizinho de nada.
Ficou no Taiwan mesmo? É super fácil voltar pra lá, principalmente pra quem já havia ido de lá até a rodoviária... Enfim...
Setiu o calor da Califórnia "sem praia" brasileira???
Vê se empolga sua mãe para vir, diz pra ela: vai mãe, calma que vai dar tudo certo... kkkkkk.
Beijão lindona!
Os recomeços são tão animadores, não é mesmo?
Sabe que tenho uma curiosidade?
Ela desvia um pouco do texto, mas nem tanto...
Quem é a Ana?
E essa viagem, o que significa na vida dela?
Penso sempre nisso quando me vejo participante destas relações virtuais tão pós-modernas e esvaziadas de sentido, que acabam sublimando o que as pessoas têm de melhor...
elas mesmas.
É um tanto entristecedor, ainda mais quando encontramos pessoas tão interessantes (e interessadas) como você!
Colegas de blog? é o que somos, né?
Impessoal, mas fazer o quê?
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