O dia seguinte tinha que ser diferente.
Tinha deixado para trás tudo o que não queria mais na vida...Os vícios, as desilusões amorosas, as amizades falsas...tudo!
E o dia era apropriado para isso...31 de dezembro.
Promessas, desejos, sonhos e principalmente, esperança.
Passada a meia-noite, o coração acelerou...era o começo. Pra todo mundo, é verdade, mas para ela, era diferente.
Depois de pular as ondas (nessa hora, ainda que sem fundamento, toda superstição é bem vinda), voltou pro apartamento.
Os amigos conversavam, bebiam, cantavam....
Ela não.
Ficou ali, parada na varanda olhando o mar.
Queria ver o sol nascer e com ele a certeza de que a esperança prevaleceria, com a promessa de uma vida nova.
Ele apareceu...um clarão no meio do mar.
Os olhos se encheram de lágrimas, a retina registrou tudo, como uma foto...útil para os momentos de angústia que surgissem.
Passou o dia todo lembrando daquele momento.
Mas, sentia uma angústia enorme....era hora de voltar.
Para casa, pro trabalho, para a vida.
Sabia que apesar de estar diferente, o mundo continuava igual.
Precisava de forças para encarar o que estava por vir.
Arrumando a mala, fechou os olhos e lembrou dele, o sol.
Fechou a mala.
Chegou 1 hora mais cedo na rodoviária.
Dormiu, ali mesmo, no banco, e sonhou...
Mesmo sendo a hora de voltar.
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Um comentário:
A gente sempre sonha na hora de voltar. Sonha até que é hora de ficar, mas no fundo sabe que sonho bom é aquele q a gente sabe q é sonho.
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