Era só mais um sábado normal.
Um almoço juntos e depois decidiriam o que fazer- cinema, teatro, ficar em casa mesmo...
Foi surpreendida.
Ele chegou com um bisturi.
Disse que precisava arrancar aquele coração velho dela, que o sangue estava podre.
Sem deixá-la se defender, arrancou-lhe, rápida e friamente, o coração. Torceu-o, enxugando todo o sangue.
Colocou de volta, e devagarzinho ele voltou a pulsar.
Amassado e dolorido.
Passou o tempo.
Ela refletiu e entendeu que apesar de forte e grosseira, aquela cirurgia não foi de todo mal.
Serviu-lhe de aprendizado, afinal, de alguma forma ela fez por merecer aquilo.
A cicatriz se eternizou.
E com ela, ficou a referência.
Quando o coração ameaça disparar como antes da cirurgia, logo interrompe...
Pode ser novamente um cirurgião açougueiro!
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4 comentários:
Já viu esse filme? Que na verdade, é um clipe.
http://www.youtube.com/watch?v=mhxK2IOywVE
então, lendo seu texto, esse clipe veio inteiro na minha mente doida de ser humano, quase como se tivesse acabado de assisti-lo :)
Espero q goste, estou dividindo com vc.
bjo
e o tempo não cura toda dor no coração... como vc disse, deixa uma referência do que se passou, que ao ser revisitada, traz melancolia.
adorei por ser forte e brando ao mesmo tempo!! =)
Como sempre fico um tempão sem vir ler e comentar seus textos. Mas estou de volta, não sei por quanto tempo, mas estou!
Gostei muito desse texto.. acho que as vezes é preciso dessa cirurgia! =)
Ai Ana! Dessa vez eu fiquei muito tempo sem comentar e tem muita coisa... rsrs... mas aos poucos comento tudo!! =P
beijo
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