Ir ao cinema sem companhia alguma, era completamente fora de cogitação. Seria a maior confirmação de solidão.
Por conta disso, ficou anos sem assistir filmes fora de casa.
Mas, quando viu a estreia daquele, não resistiu. Não aguentaria esperar meses para assistí-lo. Criou coragem e foi.
Sentou-se na fileira do meio, na poltrona da ponta.
Já no trailer, se emocionou. Pela situação, mesmo. Por ver que mesmo depois de tanto tempo, tudo continuava igual. Inclusive ela.
O filme.
A personagem vivia amores desastrosos.
A cada desilusão, uma confusão de bebidas, cigarros, números e nomes...
E na volta para casa, aquela mesma sensação: cabeça pesada- ressaca e consciência, coração apertado- saudade e solidão.
Levantou, foi embora. Não queria ver o fim, qualquer que fosse.
Percebeu que naquela confusão, só existia uma real vontade da tal personagem: ser feliz.
Chegou em casa e queimou todos livros de autoajuda, com aquelas frases feitas sem o menor tom de realidade.
Podia não estar no caminho certo.
Talvez até não existisse caminho certo.
E por isso mesmo, desistiu de procurar...
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2 comentários:
quando vc para de procurar, é que encontra o caminho!
livros de autoajuda... ah! bobagem... o que eles sabem sobre nós? rsrs...de verdade, não gosto... é muito generalista! psicólogos/analistas são melhores, não? :P
beijo
e os créditos ainda vão demorar pra subir na tela...
ps: nao vi esse filme não. Mas é bom ou só a ideia é boa?
bjo
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