sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Então é assim que a vida faz...

Abro o jornal como um cardápio de restaurante.
Estou decidida a assistir todos os filmes indicados ao Oscar, meu tempo ocioso me permite isso e eu vou aproveitar.
Quero devorar todos eles, digerir as informações e absorver o que me for válido.
Pra mim e por mim...

O primeiro escolhido foi "Os homens que não amavam as mulheres"...não me preocupei com a sinopse, ia assistir de qualquer forma. Não me deixei levar pelos comentários, criticas e etc...fui livre de preconceitos.
Tensão, angústia, nervoso, medo, susto...não, não é um filme de terror (pelo menos não no que se refere a categoria), é uma mistura de ficção com realidade, exatamente como eu penso que a dramaturgia deve ser e talvez por isso seja encantadoramente assustador.
Crimes ligados a religião, o eterno abuso entre gêneros, os traumas, os assuntos intocáveis de família, a banalização das doenças psíquicas....Tudo isso passado de forma lenta porém envolvente.
Tornou-se meu forte candidato.

No dia seguinte parti para "Os descendentes", mais uma vez com informação zero.
Um drama com uma pitada de humor importante. Algo no estilo "a vida como ela é", só que sem ser por Nelson Rodrigues, é bem mais "família".
Culpa, arrependimento, raiva, rancor, mágoa...os sentimentos vividos pelos personagens, são sentidos pelos espectadores...é fácil rir e chorar na mesma cena, se sentir em cima do muro, perdido com o que fazer. Atuação brilhante do elenco, uma história de amor bem real entre família, amigos e casais, que tiram o filme da possibilidade de ser algo Sessão da Tarde, além de contar com um cenário naturalmente maravilhoso.
Sai confusa, o roteiro mexeu demais comigo.

Ainda bem que não sou crítica de cinema...meus critérios são muito pessoais, filme bom pra mim é aquele que se parece comigo, que tem algo a me ensinar. Sou egoísta nesse ponto.
A lista ainda é grande, espero que a indecisão de torcida fique maior a cada refeição.