sábado, 27 de agosto de 2011

Hoje

Não, não e não...
EU NÃO TO TE ANALISANDO.

A mente humana fascina a todos, é verdade.
Mas eu não sou dona da verdade, acredite.
Eu não tenho receita para tudo, eu não faço diagnósticos em minutos sem conhecer o diagnosticando.
Pois é, eu não sei o que está acontecendo com o primo da sua vizinha, desculpe.

Não sei explicar porque o Bin Laden resolveu atacar as torres gêmeas...eu nunca falei com ele e nem pretendia antes dele morrer.
Tampouco sei o que levou o "atirador do Realengo" a fazer aquela bárbarie, e não, não tenho pena dele.

Eu sofro, sim. Entenda, por favor.
Eu tenho medo, eu tremo, eu gaguejo.
Eu perco o controle, eu grito, eu bato a mão na mesa de nervoso.

O grande problema é que minha profissão é tão encantadora que acaba interferindo no meu jeito de ser, o que causa tanta confusão...aliás, não dá nem pra saber o que aconteceu primeiro...se decidi ser psicóloga por ser assim ou se sou assim por ser psicóloga.

Não interessa.

Só quero que entenda, respeite e, se puder, aceite, que a profissão dura apenas o horário comercial.

Por hoje é só.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Re(:)veja

Acabo de chegar da terapia.

Não, o assunto não foi você.
Também não, não foi nosso relacionamento.


Fui eu o assunto...como deve ser.
Sentada naquela poltrona, falei do meu dia de trabalho, das minhas expectativas, dos planos que tenho pra mim.
E conforme falava, ia associando uma coisa a outra.


Tive que assumir.


Não podia nunca ter dito que você era minha última chance.
Não podia ter te dado essa responsabilidade...afinal, você nunca prometeu nada, além de viver um dia de cada vez.


Tapei meus ouvidos para não te ouvir e me enganar.
Dei tudo de mim, sem perguntar se era o que você queria.
Pensei ajudar, sem ouvir o que de fato você me pedia.

Desejei vingança, com a esperança de que assim meus desejos se realizariam...
Te culpei por todos os erros que cometemos juntos, para quem sabe, livrar minha consciência.


Mas, não.
Você não caiu na vingança.
Eu não realizei meus desejos.
Você seguiu em frente, foi em busca da sua felicidade e das suas realizações, como assim deve ser.

E eu?
Fiquei com meus dedos roídos, minhas dores nas costas e minha gastrite.
Sentei e fiquei assistindo o tempo passar.
Mas hoje, sentada naquela poltrona, despertei...pra vida.

Para seguir adiante, só me resta uma coisa. Um pedido a você, se eu ainda tiver esse direito:

DESCULPA!