quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Sobe-Desce-Sobe

E assim vou me despedindo de mais um ano.
A despedida oficial será daqui uma semana, no lugar mais mágico que já visitei. E espero que lá, não sobre tempo para que eu escreva aqui.

O 29o ano da minha vida foi literalmente uma montanha-russa. Com subidas lentas e quedas bruscas e doloridas...As vezes, no mesmo instante em que eu chegava no topo, descia para mais baixo do que tinha saído. Mas de repente, vinha a força que me fazia subir de novo.

Quase perdi as esperanças no ser humano. Mas aí, (re)encontrei pessoas que me fizeram acreditar que nem tudo estava perdido.

Saí da casa da minha mãe pela segunda vez em menos de um ano...muita mudança para quem nunca tinha mudado ao longo de 27 anos.
Mudei de emprego- de novo.

Me diverti. Dancei, cantei até irritar as pessoas (não que fosse meu objetivo, mas sei que meu gosto musical e afinação não são fáceis), criei jargões. Mantive a velha mania de querer sapatear para aliviar a ansiedade.
Errei. Sofri. Cai no conto do vigário. Descobri, calei e depois berrei para quem quisesse ouvir.

Fiz novos amigos, mantive a maioria, tentei resgatar alguns- sem sucesso.
Acompanhei alegrias de nascimentos e casamentos, de perto ou de longe, contando ou em silêncio.
Tive a chance de ajudar alguém que um dia me virou as costas. Ví de perto alguém que me fez muito mal e senti pena...continua igual.

Vivi a emoção de assistir a um nascimento de uma pequena parte de mim. Uma pedrinha preciosa, que de tão pequena enche nossos corações de alegria. Algo inexplicável e mágico, que mudou a vida de todos ao redor, para infinitamente melhor. Foi nesse dia que a montanha-russa chegou no ápice, nada igual em 29 anos.

Acompanhei a Copa do Mundo no Brasil como uma verdadeira fanática por futebol e na mesma intensidade, chorei ao perder de forma vergonhosa. Da mesma forma que chorei ao assistir a um resultado de eleição- a esperança é a última que morre, mas morre.

Engordei, me matriculei em duas academias e fiquei sem ir em nenhuma por muito tempo. Até que acordei no susto e entendi que era hora de tomar o rumo. Estou tomando, mas leva tempo. Quase o mesmo tempo que levei pra chegar no nível que estava.

Entre altos e baixos, o saldo é positivo.
Sempre é quando se tem saúde e uma mão para te apoiar todos os dias.

Que venha 2015, de preferência mais calmo mas não menos especial.


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O sertão vai virar mar

A temida tempestade chegou. Mas ao contrário do pavor habitual, causou alegria.
Tudo é uma questão de momento.
Quando temos água, tememos os trovões. Quando estamos na seca, os raios nos enchem de esperança.

Bom seria o equilibrio...ter água sem inundar.
Mas não se trata de escolha.
Deus é que sabe.