segunda-feira, 23 de abril de 2012

Na alegria e na tristeza, até o apito final.

Já falei aqui algumas vezes sobre meu avô Sebastião, Corinthiano roxo, doente.
Hoje faz 17 anos que ele faleceu.

Ontem, o Coritnhians foi eliminado do Campeonato Paulista.
Hoje é dia do santo padroeiro do Corinthians.
Quarta, o Timão fez 6 x 0, na Libertadores.

De repente as coisas se invertem e de heróis os jogadores passam a ser vilões, "pipoqueiros".
Talvez esse seja o problema dos torcedores, se esquecem que em campo temos 22 seres humanos. Que erram e acertam e dependem dos erros e acertos dos outros 11 para determinar seu sucesso ou fracasso.

Fiquei triste com a derrota, mas sempre tive orgulho de ser fiel ao meu time.
É na alegria de quarta e na tristeza de domingo...e os corinthianos sempre tiveram essa característica.
Todos os dias tem alguém de camisa na rua, independente da posição na tabela.
E se tem uma coisa que me prende ao Corinthians é saber que faço parte de uma torcida sem igual!

Estou triste com o alarde que isso proporcionou.
Fomos campeões do Paulista mais de 20 vezes.
Nunca vencemos a Libertadores e isso é motivo de piada há 101 anos.

Meu avô está triste, tenho certeza.
Pela derrota, mas principalmente, pelas manchetes nos jornais.
Para quem acredita, como era o caso do meu avô, que São Jorge proteja aos Corinthianos.
Para os que preferem não misturar as coisas, como é o meu caso, peço ao Tite que mantenha o time motivado e que esse ano a Libertadores seja nossa...

Porque meu avô merece.
E todo o resto de bando de loucos.

Amém!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

De hoje em diante...

Deixa eu brincar de ser feliz
Deixa eu pintar o meu nariz

Tenho falado com frequência que minha vida virou de cabeça para baixo nos últimos meses...
Falo isso num tom misturado de alegria, medo e pesar.
Força do hábito.

Medo de ver que as coisas finalmente estão acontecendo como eu sempre quis.
Pesar de olhar para trás e ver o quanto poderia ter feito as coisas de uma forma diferente.
Alegria, por perceber que tenho garra e determinação...os planos saíram do papel. E aquilo que era meu maior sonho, que não dependia de mim, que eu já dava por perdido, finalmente aconteceu.

Mas, por que nessa ordem?
Ah...força do hábito.
Parece que é errado ser feliz.

A vida de cabeça para baixo?
Não, ela nunca esteve tão centrada...
Parece que finalmente entrei nos eixos, como diria minha avó.

Só me falta agora largar essa bobagem de medo...eu mereço.
Né?!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Rasgando a alma

Quando se aponta um dedo para alguém, tem quatro virados para você...
Ai! Esse assunto de novo?
É, enquanto não limpar completamente a mancha de sangue na camisa branca, não vai dar para mudar o assunto... e aqui virou o OMO.

Depois da mágoa, vem a raiva.
Não sei o que é pior, só sei que nenhum dos dois é bom.
A vontade que consome hoje é de gritar de volta...de dizer em alto e bom som tudo o que foi sentido e visto como absurdo esse tempo todo. Não dá. EU tenho educação, controle, superego, como quiser chamar...não teria condições de perder a cabeça dessa forma. Torço para que algum dia, alguém tenha. Não consigo aceitar impunidade e injustiça.

Quando alguém morre, uma das primeiras coisas que a gente se esquece da pessoa é a voz.
Nesse caso, infelizmente, é o que eu mais lembro. Os gritos vez ou outra insistem em atormentar meus ouvidos...e eu peço, suplico: me deixe em paz!

O que mais me assusta é como nos perdemos quando estamos no meio da situação. Consideramos reações absurdas ao ver de qualquer um, como normais, como "esperadas"...e o pior, podemos algumas vezes concordar ou o mais grave, imitar.

Não tenho dúvidas de que foi bom, que o saldo é positivo para mim.
Só acho triste pensar assim...afinal, não foi tudo ruim, muito pelo contrário, tiveram coisas muito boas, das quais levarei para sempre no meu coração e na minha memória, para reproduzir aonde quer que eu esteja.
É uma pena, mas hoje, sou obrigada a olhar para tudo isso e dizer:
Em 2 anos, eu perdi 437 dias.