sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Trilha sonora

Uma cena que não sai da cabeça... Depois de ver que o sonho é possível, admirar o céu estrelado.

Mas, enquanto o sonho não vira a realidade, sigo cantando...

"E eu que já não sou assim
Muito de ganhar
Junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz."
Com a promessa de, em breve, mudar a trilha sonora da vida.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

27/08

7ª série. Aula de Ciências...
"Um cientista chamado Pavlov fez um experimento muito interessante com cachorros. Ele todos os dias tocava um sininho e mostrava um pedaço de carne para o cachorro, que salivava ao ver a carne. Depois de um tempo, ele só tocava o sininho e o cachorro já salivava"

Entre nerds preocupados em entender a teoria disso, vagais pensando "e??", semi-nerds pensando "vai cair na prova?", uma gordinha, nem nerd, nem semi-nerd, muito menos vagal, pensava "Nossa! Que legal...como será que o cara teve essa idéia?"

A gordinha era tímida, mas foi conversar com o professor a respeito. E ficou sabendo que daí tinha surgido uma "linha" da psicologia chamada Behaviorismo.

Por coincidência, ou não, seu pai era psicólogo, e atuava nessa linha (Freud explica??). Foi conversar com ele a respeito. Na época, não atuava mais com isso, estava voltado para marketing e responsabilidade social, mas, com certeza, deu uma base um pouco melhor do que o professor de ciências.

2ºcolegial, hora de tomar a decisão...com 16 anos saber (ou achar que sabe) como será o resto da vida. De cara veio a idéia de fazer psicologia, por conta daquela aula de ciências em que encontrou o Pavlov. Mas, queria procurar outras coisas...Pensou em algo que envolvesse inclusão de deficientes na sociedade...fisio, t.o...mas bastou assistir uma sessão de cada, para desistir de vez e assumir: psicologia era o caminho.

3ºcolegial...momento de recuperar o tempo perdido. Nem nerd, nem semi-nerd, nem vagal, mediana. E a média agora não ajudava em nada.

Colégio, cursinho, aula de inglês.

Vestibular, tensão, cobrança. Um pouco de descredibilidade da família...

"Presta aquela lá, que dizem que não é tão boa, mas quem faz a faculdade é o aluno".

ENEM, Fuvest, tontura, pressão.

UNIP, São Marcos...Nãooo, só em último caso (Freud explica, de novo??)- o pai fez São Marcos e não escondeu a alegria de fazer a matricula lá.

PUC...Ah! A PUC! Tão sonhada, desde o começo.

Mackenzie? Ah, só por desencargo de consciência. Aqueles tijolos bregas, "Casa do pão de queijo" dentro da faculdade, nem pensar...

Janeiro, PUC não deu.
DESESPERO.
Mackenzie.
PASSOU!

Aqueles tijolos lindos, a "Casa de Pão de Queijo" tão gostosa entre as aulas.
Um monte de mulher que confundia aula de psicologia com terapia em grupo.
Freud, Freud, Freud, Skinner (ufa!), Melaine Klein, Winnicott, Freud, Freud, Jung (ufa?), Beck (uhuuuu).

Anatomia, Estatística, Filosofia, Neuro, Leitura e Interpretação do Texto Cientifico---pra quê?

Livros, xerox, resumos...

Avaliação psicológica, Psicodiagnóstico, TGI, Clinica, Escola, Licenciatura.

Diploma, festa.

Trabalho, especialização, sonhos, planos....

Nunca terá fim??

Nunca....

UFA!!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Depois daquela viagem.

Sexta-feira, 18 horas na terra da garoa...Trânsito insuportável? Óbvio: 1 hora e quarenta minutos para sair do Itaim-bibi até a rodoviária do Tietê. Para tranquilizar, minha mãe, com toda sua calma falava "Fica tranquila, vai dar tudo certo".

Estou acostumada a viajar de ônibus...quando vou sozinha, acho bem melhor do que ir de carro. Mas estou habituada a ir para cidades relativamente próximas de São Paulo, portanto, 5 minutos de antecedência são suficientes para comprar a passagem, sentar na janela e sem ninguém do lado.

Não que nunca tenha viajado para lugares mais distantes...durante a adolescência, ia todas as férias para Maringá (PR), 9 horas de viagem...e achava o máximo. Mas a última vez que fiz isso, foi em 2003....E 5 anos é tempo suficiente para perder um hábito.

Chegando no guichê a primeira surpresa...sabia que tinha ônibus de 15 em 15 minutos para Ribeirão Preto, só não sabia que era tão disputado assim....o próximo era só às 20:45.

Sim, fiquei 1 hora e 5 minutos na rodoviária lotada de gente.

Dei uma volta por lá...assisti a um show ao vivo, de cantores latinos. Liguei para minha mãe falando que ela estava certa, fiz umas palavras cruzadas e quando vi, já estava na hora.

Chegando na plataforma, fila. Entreguei minha mala para colocar no bagageiro e aí, mais uma surpresa: "Mini ou rodoviária central?". Putz, como eu vou saber? Optei pela central e ainda falei "É em Ribeirão mesmo, né?!" (tonta).

O ônibus lotado, mas muito confortável, com lugar para colocar o pé e tudo mais. Cadeira devidamente enclinada, fone no ouvido. Antes de dar a partida, o motorista passou pelo corredor, conferindo os lugares preenchidos. Apagam-se as luzes, começa a aventura.

Como meu MP3 estava sem bateria, fui ouvindo rádio. Até Campinas, quando as rádios começaram a falhar. Decidi tentar dormir. A menina do meu lado, estava toda a vontade, devia estar acostumadissima a fazer o trajeto. Tinha bom gosto para música, fiquei ouvindo de intrometida seu MP3...até Cazuza rolou.

Tirei um cochilo.

Fui acordada por um grito abafado "20 minutos". Era a parada.

Nossa! Há quanto tempo não ouvia aqueles recados da parada...aquela música da lanchonete ao fundo. Nunca desci. Tinha medo de entrar no ônibus errado, ou perder a hora. Dessa vez, por pura preguiça.

Com uma pontualidade de deixar a Dona Elizabeth morrendo de inveja, 20 minutos depois, lá estávamos nós. Confere- tá todo mundo aí, partida, estrada. O sono bateu forte.

Acordei com um certo movimento no ônibus. Luzes e apitos de celulares, pessoas ligando falando "estou perto". Fiz o mesmo. Avisei meu pai, que estava chegando, para ele ir até a rodoviária central (contando que ele iria perguntar para alguém do hotel onde era).

Finalmente entendi o que era a tal mini...é a mini-rodoviária. A maioria desceu ali. Pouco tempo depois, cheguei na central.

01:20. Podre de cansada. Meu pai estava lá (ufa!).
Entramos no carro. "E agora?", pergunta daqui, pergunta de lá. Cada um ensinava um caminho diferente para a mesma rua. Depois de mil voltas no quarteirão (em 15 minutos), chegamos.

E assim foi o começo de uma nova fase....

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Saudades do bicho papão.

Não sei se por culpa do sistema ou da malandragem que rege o homem desde que Eva é Eva, cada vez mais a população mundial desconfia das coisas.

Outro dia, falei aqui sobre o ataque terrorista que recebi pelo telefone, na qual fui vitima de um golpe, tocada pelo impulso consumista...Dias depois, minha mãe me avisa pelo msn "Filha, antes de vir pra cá (trabalho) recebi uma encomenda do seu sequestrador lá em casa. Um rapaz simpático, entregou uma caixinha linda da TIM e pediu pra eu assinar a nota fiscal, com o seu nome"...Pois é...na verdade fui vitima do terrorismo solto na imprensa e nos casos que a gente ouve por aí.

Semana passada vindo trabalhar, andava alegre e contente ouvindo música no meu celular, super atrapalhada com o meu guarda-chuva. De repente fui parada por um moço...bem vestido, com uma credencial da BAND na mão. Já tinha visto ele parando outras pessoas na rua e pensei "deve estar perdido". De fato, estava...muito perdido por sinal. Primeiro me perguntou como faria para ir até a Av. Paulista...eu dei as coordenadas de como fazer de ônibus.

Para resumir, o moço queria ir da Faria Lima até o aeroporto de Guarulhos, A PÉ. Sendo que ele disse que estava num show na UNICAMP e deixaram ele sozinho. Me propôs uma permuta...eu emprestava meu telefone para ele ligar pra TAM e pedir que eles mandassem um táxi para ele poder ir ao aerporto e ele me dava 4 ingressos para um show no Memorial da América Latina no dia 04/09. A desconfiança, prevaleceu...e indo contra meus principios, menti...mesmo ouvindo música pelo celular, disse que não tinha celular....

Fiquei o dia todo pensando se era verdade ou não...mas, desde pequena tenho a orientação para não falar com estranhos.

Num lapso de memória, hoje de manhã vendo as reportagens no UOL, achei bizarro um monte de homem vestido com proteção, tipo aquelas roupas para mexer com abelha, para abrir uma carta...coisas da época do Anthrax. Comecei a rir e pensei "ai esses Americanos neuróticos".

Agora, refleti melhor...todos nós estamos ficando neuróticos. Temos medo de uma ligação, de uma pessoa pedindo informação, do aquecimento global, de motoqueiros, de tremores na Terra, de andar na 25 de Março...e agora, até de abrir uma carta.

E ainda temos coragem de rir das crianças com medo do bicho papão.

Por isso, quando os meus filhos me perguntarem se o bicho papão existe, vou fazer questão de dizer que sim. Quem sabe dessa forma eles fiquem mais corajosos do que eu.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Fases da vida

Hoje, abro espaço para um poeta. Infelizmente não tenho certeza se é dele ou não, Internet tem dessas coisas*, também não sei o titulo da obra. Mas o que vale é a mensagem, escrita por um gênio, conhecido ou não. Acho que nunca vi uma descrição tão perfeita de cada fase da vida.

*Internet tem dessas coisas...dar nome de gente importante em coisa de gente desconhecida para fazer sucesso. Mas também, tem pessoas com cultura que dividem os conhecimentos com a gente. Agradeço a Mara, pela contribuição ao post e por comprovar que a obra é do grande Drummond!

Aí vai...

"Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você...

Tinha gente que torcia para você ser menino.
Outros torciam para você ser menina.

Torciam para você puxar a beleza da mãe, o bom humor do pai.
Estavam torcendo para você nascer perfeito.


Daí continuaram torcendo.

Torceram pelo seu primeiro sorriso, pela primeira palavra , pelo primeiro passo.
O seu primeiro dia de escola foi a maior torcida.

E de tanto torcerem por você, você aprendeu a torcer.

Começou a torcer para ganhar muitos presentes e flagrar Papai Noel.
Torcia o nariz para o quiabo e a escarola.
Mas torcia por hambúrguer e refrigerante.

Começou a torcer até para um time.

Provavelmente, nesse dia, você descobriu que tem gente que torce diferente de você.

Seus pais torciam para você comer de boca fechada, tomar banho, escovar os dentes, estudar inglês e piano.
Eles só estavam torcendo para você ser uma pessoa bacana.
Seus amigos torciam para você usar brinco, cabular aula, falar palavrão.
Eles também estavam torcendo para você ser bacana.

Nessas horas, você só torcia para não ter nascido.

E por não saber pelo que você torcia, torcia torcido.
Torceu para seus irmãos se ferrarem, torceu para o mundo explodir.

E quando os hormônios começaram a torcer, torceu pelo primeiro beijo, pelo primeiro amasso.
Depois começou a torcer pela sua liberdade.
Torcia para viajar com a turma, ficar até tarde na rua.
Sua mãe só torcia para você chegar vivo em casa.


Passou a torcer o nariz para as roupas da sua irmã, para as idéias dos professores e para qualquer opinião dos seus pais.
Todo mundo queria era torcer o seu pescoço.

Foi quando até você começou a torcer pelo seu futuro.

Torceu para ser médico, músico, advogado.
Na dúvida, torceu para ser físico nuclear ou jogador de futebol.
Seus pais torciam para passar logo essa fase.
No dia do vestibular, uma grande torcida se formou.

Pais, avós, vizinhos, namoradas e todos os santos torceram por você.

Na faculdade, então, era torcida pra todo lado.
Para a direita, esquerda, contra a corrupção, a fome na Albânia e o preço da coxinha na cantina.

E, de torcida em torcida, um dia teve um torcicolo de tanto olhar para ela.

Primeiro, torceu para ela não ter outro.
Torceu para ela não te achar muito baixo, muito alto, muito gordo, muito magro.

Descobriu que ela torcia igual a você.

E de repente vocês estavam torcendo para não acordar desse sonho.

Torceram para ganhar a geladeira, o microondas e a grana para a viagem de lua-de-mel.

E daí pra frente você entendeu que a vida é uma grande torcida.

Porque, mesmo antes do seu filho nascer, já tinha muita gente torcendo por ele.

Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você ainda não tenha conquistado algumas coisas.
Mas muita gente ainda torce por você! "
(Carlos Drummond de Andrade)

"Se procurar bem você acaba encontrando.
Não a explicação (duvidosa), mas a poesia (inexplicável) da vida."
(Trecho do poema: "Lembrete")

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

É um pouquinho do Brasil

277 brasileiros estão defendendo o país em Pequim. Talvez a maioria seja desconhecida e de repente, tornam-se famosos, com recepção no aeroporto e tudo mais. E essa fama súbita, talvez seja a maior prova de que eles estão cumprindo o seu papel da maneria certa.

Estão mostrando para o mundo, e para nós mesmos, um pouco desse Brasil. Que canta o hino emocionado pelo primeiro ouro em Pequim e na história da natação, tem raça e luta até o fim, além de ter um remelexo próprio, dar um show, ainda que não leve medalha por isso.

E sabe do que mais? Não importa em qual colocação mundial estamos, não importam as quedas, os erros, as derrotas...Chegou a hora dessa gente, bronzeada ou não, mostrar seu valor. Pois só o fato de terem vencido tantas barreiras para chegarem lá, já merecem o nosso aplauso!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

De 2 semanas para 2 anos.

No final de junho de 2006 recebi um comunicado da minha mãe: aproveite bem as suas férias agora. Você vai demorar muito para tirar um mês inteiro de férias de novo e sua vida vai mudar muito a partir de agosto. Apesar do nome dela não ser Diná, acertou na mosca.

Na primeira quinta-feira de agosto, uma colega (que já tinha sido amiga) da faculdade comentou comigo sobre uma vaga temporária na empresa que ela trabalhava. Temporaríssima, por sinal...2 semanas, para ajudar num projeto (120 vagas) de um banco.

Quarto ano de faculdade, ia começar a atender na clínica (para psicodiagnóstico), com experiências alternativas- visitas a hospitais psiquiátricos, FEBEM, UBS, Escola Estadual...- que foram essenciais pro meu crescimento pessoal e fundamental para ter a certeza da minha escolha profissional. Nada como ver "a vida como ela é", para sentir vontade de arregaçar as mangas e batalhar, da forma que puder, por um mundo melhor.

Mas o bolso pedia socorro. Gasolina, xerox, livros, cursos, saídas, tudo caro demais. E desde o começo eu sabia que dinheiro e psicologia só se encontravam no RH.

2 semanas já ajudaria. Então, vamos lá.

A tal colega morava perto da minha casa. Combinamos de nos encontrar no meio do caminho. No percursso (o trabalho era bem perto de casa, por isso, fomos a pé), ela foi me explicando as atividades. Nada muito complexo, resumia-se a falar no telefone.

A entrevista durou pouco mais de cinco minutos, afinal, era uma vaga de estágio temporário...mas não deram a resposta na hora. Ficaram de ligar depois.

Desencanei. Pensei que queriam alguém mais experiente, para realmente ajudar no processo. Esqueci do assunto.

No dia seguinte, umas 18hs, a tal colega me liga: "Ana, você não vai acreditar, a Paulão (também da nossa sala) vai sair daqui, e querem te contratar pro lugar dela. Um estágio mesmo, sem ser 2 semanas".

Desacreditei.

Com minha calça social, camisa e sapato de salto, fui na segunda-feira, 14/08, para o meu primeiro dia de trabalho, no meu primeiro emprego.

Aprendi muito, fiz amizades, me tornei uma profissional.

2 anos depois, aqui estou eu. Com novas responsabilidades, mais conhecida na empresa...com direito a férias, décimo terceiro e vale-refeição.

Realizada? Em partes.

Afinal, é só o começo.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Já não era sem tempo

Tirei um tempo para mim.
Comecei a ler aquele livro que estava para começar...há tempos
Me livrei daquelas roupas que estavam me incomodando...há tempos
Arrumei meu quarto que estava uma bagunça...há tempos
Fui visitar parentes que não via...há tempos
Dormi sem hora para acordar, o que não fazia...há tempos

Há tempos?
Oh...Se há.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

O replay é necessário

Dizem que o esporte é a melhor maneira de integrar as pessoas, tranquilizar e sentir-se útil. Além de deixar o corpo em forma.

Já tentei muitas modalidades- natação, handebol, atletismo- e não obtive sucesso com nenhuma. Talvez por isso, goste tanto de esportes. Adoro torcer, me informar mais sobre os "desconhecidos", e de 02 em 02 anos, durante 1 mês viro fanática por esportes- do futebol ao tiro ao alvo.

Dá uma sensação boa, esquecemos dos problemas por algumas horas, mudamos dos assuntos de sempre. Nos interessamos sobre coisas que a gente nem sabia que existia. Fazemos promessas de assistir mais vezes os campeonatos mundiais de judô, de apoiar os esportes aos carentes.

Há quem critique, que chame de hipócrita aqueles que ficam babando com uma cerimônia de abertura tão bonita, cheia de cores e de história. Ficam falando da miséria, da exploração, das guerras etc e tal.

Tá certo, o mundo está um caos. Mas eu pergunto: é melhor ficar sofrendo sempre e para sempre, em nome da ética e moral social, ou podemos nos permitir ter um pouco de diversão em meio de tanta tragédia?

Eu vejo a China hoje com outros olhos, como um exemplo de superação. Que errou, mas sempre, na tentativa de acertar.

Me chamem de hipócrita o quanto quiserem, mas até dia 24 de agosto, vou torcer até o fim...

Pelo Brasil e pelo mundo, ainda que vendo o replay.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Última que morre, primeira que mata

7 meses depois...

Passou.

As noites sem dormir, o medo de assistir um romance, a inveja dos casais no dia dos namorados. Até a vontade de encontrar com ele na rua (talvez por saber que isso seria impossível).

Mas, as pulgas atrás da orelha permaneceram.

Teria recebido a carta? E se recebeu, chegou a ler até o final? Será que riu, chorou, levou em consideração?

Pensava...

"Não seja tonta, se tivesse lido e levado em consideração teria dado um sinal de vida.
Talvez não, pode estar com medo de assumir, de largar tudo...quem sabe quando voltar, no tempo programado....
Chega! Esquece isso de uma vez por todas. O bar já fechou, os restaurantes não cabem no bolso, os amigos são outros. Não tem mais fotos, cartas, scraps, e-mails, presentes. Acabou, entendeu? A-C-A-B-O-U!"

..como o anjo e o diabo na cabeça.

Só era dificil distinguir quem era quem, e para quem dar ouvidos.

Mas tinha certeza de uma coisa...o predomínio era da santa maldita esperança.