terça-feira, 29 de novembro de 2011

Reles mortal

Nunca fui a primeira da classe, nem a mais popular do colégio.
Não era boa nos esportes com bola e fui reprovada no ballet.
Ouvi mais de uma vez "você nunca termina nada do que você começa", antes mesmo de completar 15 anos.

Não escrevi livro, aliás, não sei o que seria de mim sem o corretor ortográfico.
Nunca fizeram abaixo assinado para eu ficar no emprego, não aprendi economia por acaso.
Jamais cheguei perto de uma Olimpíada de Matemática, muito menos passei no terceiro bimestre.

Não consigo manter meu quarto arrumado por mais de 2 dias.
Não leio jornal todo dia.
Não casei, meu namoro mais longo durou 2 anos e foi praticamente virtual.

Realmente, é pedir muito querer ser levada a sério, né?!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

CELEBRATE TODAY

Desde pequena tenho fama de ciumenta.
Tá, não era só fama...sempre fui ciumenta.
Tinha ciúmes de tudo e de todos.
Com o tempo fui aprendendo a administrar, ou pelo menos, a disfarçar.

Tenho um amigo irmão, há 10 anos.
Por conta de questões da vida, nos afastamos por aproximadamente 1 ano.
Nesse tempo, ele estabeleceu novas amizades e fortes, bem fortes.

Quando voltamos a nos falar, logo no primeiro momento, ele já foi contando a respeito de uma amiga "nova" dele do trabalho.
Dizia que era uma pessoa especial, divertida e principalmente companheira.

Pouco tempo depois, tive a oportunidade de conhecê-la. E nos momentos que antecediam ao encontro meu amigo avisou "talvez ela não goste muito de você".
Ignorei, um pouco brava, o aviso.

Mas, ele estava certo.
Apesar de algumas tentativas de me aproximar de forma simpática (talvez um pouco exagerada), não fui aceita.
Tornou-se então um desafio conquistar aquela amizade.

O tempo passou...e as circunstâncias da vida foram muito mais eficazes do que eu no processo de aproximação.
E hoje, tenho a amizade dela, como se fosse de infância.

Agora chegou a hora de nos despedirmos.
Não por uma causa triste, muito pelo contrário.
Ela está indo realizar um sonho...que vai durar 3 meses e a vida inteira.

Estou muito feliz.
Por ter conquistado essa amizade, por ter uma pessoa especial, divertida e principalmente companheira comigo e por poder compartilhar com ela um momento tão importante na vida dela.

Vai lá minha amiga. Vai saborear a sua vitória.
E quando voltar, que estejamos exatamente como hoje!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

E não há lógica que faça desandar

Certa vez eu achei uma carta da minha avó para uma prima dela, contando da lua de mel.
Ela dizia que as pessoas achavam que meu avô era seu irmão, de tão parecidos que eram.
Engraçado, minha avó não tinha absolutamente nada a ver com meu avô...nada mesmo!
Ele moreno, ela quase loira...ele baixo, ela alta...ele gordinho, ela magérrima.
Mas a convivência e o sentimento que eles tinham um pelo outro talvez os tenha tornado assim, idênticos.

Sempre invejei minha irmã.
Sorriso perfeito, magra, postura correta, inteligente e cheia de amigos. Sempre achei que ela teria aos pés dela quem ela quisesse. Mas não, ela é humilde demais para querer que alguém fique aos pés dela.

Quando conheci meu cunhado, há 7 anos, me espantei.
Ele era completamente diferente da minha irmã...no que se refere a estilo de vida.
Minha irmã não bebe, não é muito fã de balada, não é muito de falar em política, mas tem um perfil mais de "direita" (se é que ainda existe essa divisão)...
Meu cunhado, não. Adora uma cervejinha, não perde uma balada e é PT de carteirinha.

O tempo foi passando e fui aprendendo a transformar a inveja em admiração.
E o susto inicial, por um carinho enorme e também admiração.
Os dois combinam. E por combinarem, se parecem...

Minha irmã não aprendeu a beber. Mas passou a ver o mundo de uma maneira mais leve.
E o meu cunhado abriu os braços e se entregou, aceitando todo o pacote (do qual faço parte) que vinha com ela...

Afinal de contas, isn´t she lovely?!