sexta-feira, 26 de junho de 2009

Diz que fui por aí...

Chega, liga o computador, enquanto o outlook checa os e-mails vai até a copa e pega um café "fresquinho" na garrafa térmica. Ouve os recados na caixa-postal, tira o telefone da caixa. Responde os e-mails. E assim começa o dia.
Lá pras 11:00 manda e-mail para as amigas perguntando onde será o almoço que é sempre no mesmo lugar com exceção das sextas-feiras...12:00 sai pro almoço. 13 e pouco volta, toma outro cafezinho, dá "enviar e receber" e vai escovar os dentes.
18:00 já começa a pensar em ir fechando as coisas. Desliga o computador e vai...normalmente pro mesmo lugar, pelo mesmo caminho. Às vezes dá uma paradinha para fazer uma fofoca, porque ninguém é de ferro. E assim vai terminando o dia..

É sempre assim...não por ter algum distúrbio, mas pela rotina mesmo, sabe?
E agora, já não se sabe de nada.
Como será o amanhã? Responda quem puder...
Na verdade, só Deus é que sabe, mas já dá pra ter uma ideia.

Depois de três anos sem saber o que é descansar por mais de cinco dias, quando tinha um feriado prolongado ou uma conjuntivite, chegou a hora de aproveitar 20 dias.
20 dias sem saber o que é vaga, cliente, candidato, outlook, VR...
20 dias para conhecer lugares novos, enfrentar medos, superar desafios e fazer novos planos, olhando a vida com outros olhos.

Existe vida fora do escritório...
E É PRA LÁ QUE EU VOU!!

(até a volta)

sábado, 20 de junho de 2009

Copo de leite

Um dia como outro qualquer com um evento importante.
Saiu atrasada para o evento, o que não é surpresa.
Com a diferença que dessa vez o evento era bem longe de sua casa.
Chegou a tempo...nesse tipo de ocasião o horário marcado é sempre uma hora antes do oficial.

Se emocionou...a cerimônia foi simples, mas muito bonita, talvez justamente por isso.
Eles queriam estar ali, tinha que ser naquela hora, não daria tempo de se preparar para um monstruoso (e caro) evento.

Cumprimentos, lágrimas, fotos.

Até que chegou aquela hora que se não fosse brega, seria trágica.
"Atenção solteiras"....
Devido a escassez de solteiras, topou ir, mas só para fazer volume...

Depois daquela enrolação habitual, que todo mundo conhece, mas sempre cai, a noiva jogou.
E ela pegou.
Para tristeza daquela comprometida há 9 anos, que vê nessas ocasiões uma forma de cobrar do enrolão uma atitude.
Para alivio daquela que adora se divertir com os errados, sem se preocupar em encontrar o certo.

Não que fosse supersticiosa, mas ficou feliz com a sensação de que o vento soprou a seu favor.
Ainda que fosse só para ganhar suas flores prediletas....

terça-feira, 16 de junho de 2009

Enigma

Pode ser que meu sonho, seja assim:

Te dizer quase tudo que você é para mim
O que eu quero, o que eu espero
Sonho em te ver aqui
Sem rodeios, solto os freios
Canto o amor por ti
Se me calo, tenha claro
Que é por refletir
Nas minúcias das carícias
Que eu sonho em sentir
Ter teu gosto, ver teu rosto
Feliz a me pedir
Mais carinho, mais promessas
Que eu sonho em cumprir.

(Paralamas do Sucesso)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Seja como for...

Eles já se conheciam antes de se conhecer.
Sabiam de suas histórias através de um amigo em comum.
Foram apresentados pessoalmente, nessas peças que o destino prega.

Ela namorando, ele também.
Se identificavam pela história de vida, pelo senso de humor, pelo gosto musical.
Ela terminou o namoro, ele estava prestes...Nenhum dos dois por vontade própria.

Passaram a ser companheiros e confidentes fiéis.
As conversas duravam horas, falavam sobre tudo...desde os amores até as absurdas mudanças climáticas.
Estavam sempre juntos, em todos os lugares.
Riam e choravam ao mesmo tempo, faziam piadas que só eles entendiam, se apoiavam, discordavam, faziam planos e se davam conselhos...

Só ele entendia quando ela queria ver o sol nascer na praia e sem pensar duas vezes, iam cantando Lulu pela Imigrantes.
Só ela entendia quando ele queria aproveitar a noite que, por conta do trabalho dele no restaurante, começava às três da manhã.

Era difícil não confundir as coisas.
Ela confundiu...e acabou deixando ele confuso.
Não deu certo.

Não era amor...

Nem mais, nem menos...
Era amizade.
E assim será...

domingo, 7 de junho de 2009

Todos em uma só.

Foi ali, naquela festa junina, quando os nossos- tímidos- olhares se cruzaram, que eu senti aquela sensação estranha. Mas foram as risadas durante as madrugadas no ICQ que me fizeram ter certeza.
Lembro como se fosse hoje das suas aparições na janelinha da porta da classe. Sempre perto do final da última aula. E o caminho entre a minha sala e o portão do cursinho se tornou muito mais interessante...
O início, sem dúvida, retratou exatamente como seria dali em diante. A música perfeita, o ambiente descompromissado, o segredo- o nosso segredo.
Não sei ao certo quando começou. Se foi no dia que vi a sua foto junto com meus amigos, se foi no dia que me deu carona quando eu estava com o pé quebrado ou se foi no dia que você disse que já tinha entendido tudo.

Depois de passada a emoção do começo, foi o seu sorriso naquela minha visita surpresa na sua escola que me fez acreditar que seria infinito enquanto durasse...e eu jurava durar para sempre.
Como foi bom ter você por perto, vivendo o mesmo momento que eu. As aulas de literatura aos sábados ganharam um sabor especial contando com o Milk Shake do Bob´s na saída.
As idas e vindas, sem despedidas, nem reconciliações. Nosso entendimento pelo olhar. As primeiras flores da minha vida, acompanhadas do primeiro jantar no dia dos namorados. Confidências, planos e promessas.
Foi forte, intenso. Nossas músicas, nossas paisagens, nossas viagens- sozinhos e acompanhados. As cócegas, as guerras de água e de areia, as piadas, as conversas sérias, as revelações, o seu suspiro para dizer pela primeira vez na vida "eu te amo", que me fez acreditar em tudo.

Mas, pela imaturidade apropriada, pelos objetivos distintos e pelas escolhas tomadas, não foi assim.
Sabíamos que não duraria para sempre, mas foi ótimo e essencial enquanto durou.
Palpites, desencontros, amizades erradas e fim, "não era para ser".
O ciúmes, os pais, as diferenças, as brigas. A dor, as lágrimas (as minhas e as suas)...tudo isso colocou nossa certeza em jogo. E ela perdeu.

O amor não tem fim.
O que tem fim são as histórias escritas por ele.
Mas, um dia, chega a hora de escrever uma história sem fim, por algum motivo que ninguém conseguiu descobrir ainda.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Aquele abraço...

Sentia frio como há muito tempo não sentia.
Estava exausta e com fome, nada novo...

Abriu a geladeira, quase sem suportar o gelado...apesar da fome, nada pareceu interessante.
Recorreu ao armário- chá, perfeito!

Colocou a água para ferver, pegou a xícara, escolheu o sabor, pegou o adoçante.
Encheu a xícara, bem lentamente.
Veio a fumaça...

Ah, a fumaça...tanta coisa veio junto com ela.
Lembranças de um passado não muito distante em que frio significava descanso e descanso significava abraço.

Pulou pro abraço. Não era um abraço qualquer.
Era um abraço apertado, aconchegante, dado na hora certa- se é que existe hora errada para abraço.

Quando se deu conta, estava no sofá da sala, com a televisão ligada...
E as pernas sendo abraçadas pelos seus braços.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Preciso dizer??

Quando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos

E eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo
É que eu preciso dizer que te amo
Te ganhar ou perder, sem engano
É que eu preciso dizer que te amo
Tanto...

E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
E nessa novela
Eu não quero ser teu amigo

Eu já não sei se eu "tô" misturando
Ah! Eu perco o sono
Lembrando em cada riso teu qualquer bandeira
Fechando e abrindo a geladeira
A noite inteira

(Dé, Bebel e Cazuza)