terça-feira, 31 de janeiro de 2012

It´s up to you...

Quando minha irmã tirou carta, lembro que reclamava muito dos ciclistas....
Eles apareciam do nada, sem seta e sumiam da mesma forma.

Mas ela mesma já tinha sido ciclista.
Lembro dela na garagem, desesperada com a bicicleta nova, enquanto meu irmão e eu ficávamos atrás dela, pressionando para ela ir mais depressa. É, a minha ainda era de rodinha e tudo era muito mais fácil.

Nunca tive problemas com ciclistas...mas com motoqueiros, outros carros e principalmente com as pilastras, o relacionamento sempre foi difícil.
Talvez porque mesmo depois de tirar carta, não deixei de andar de bicicleta...isso facilita.
Eu sei como é ser ciclista. Por outro lado, nunca subi numa moto e jamais fui uma pilastra.
Quanto aos outros carros, acho que é uma questão de educação...mas isso fica para outro dia.

O ponto é, uma vez que já estivemos numa situação, devemos guardar em nossa mente as sensações boas e ruins que a experiência nos trouxe.
Isso nos torna mais fortes e principalmente mais conscientes.
Nos torna capazes de nos colocarmos no lugar do outro e pensar duas vezes antes de reclamar de algo que simplesmente ele não tem condições de fazer ou mudar.

Bicicletas não tem setas, basta ver uma de perto para saber disso.
Para entender, basta puxar na memória ou se aproximar...mas é fundamental querer.
Pena que reclamar exija menos esforço...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

São Paulo é como o mundo todo

Dos seus 458, esse é o 27º ano que comemoro.

Então, aqui vai minha singela homenagem, falando do que você é para mim.

Desde a minha primeira memória até hoje muita coisa mudou.

Vi prédios surgirem de terrenos vazios perto da minha casa...e o meu que era um dos únicos da rua, passou a ser apenas mais um e mais baixo.

Acompanhei os manifestos contra a "Nova Faria Lima", fiquei preocupada com os moradores das casas que seriam derrubadas para a extensão da Avenida. Andei de bicicleta na ciclovia da Juscelino, corri no Parque do Ibirapuera e depois no do Povo. Aprendi a dirigir no Morumbi.

Fui vendo os estabelecimentos 24 horas se tornarem mais comuns e hoje nem sei mais como é ver algo fechado depois da balada.

Fui ao Salão do Automóvel, Bienal do Livro, Bienal de Arquitetura, Exposição do Monet.
Assisti musicais da Broadway, fui a shows com mega infraestrutura e de artistas internacionais que puderam ver que no Brasil os macacos não andam na rua e que as mulheres não saem peladas por aí. Frequentei Micaretas, shows de pagode, baladas gay e hoje tem lugares que reúnem tudo isso numa coisa só.

Senti orgulho com a decoração natalina na Paulista, vi pela televisão manifestos democráticos e gigantes no mesmo dia- Parada Gay e Marcha para Jesus.

Tinha medo dos macacos malucos no Simba Safari, me cansava andando pelo enorme zoológico, fazia exercício para as pernas no Instituto Butantã.

Me diverti na 25 de Março, comprei presentes de última hora com metade da população paulistana no Shopping as vésperas do natal, encontrei o que precisava na lojinha da João Cachoeira.

Vi o Mappin virar Extra e senti tristeza por não existir mais o cachorro-quente no pão de hamburguer. Comi em restaurante francês, italiano e japonês- mesmo sem comer peixe. Comemorei a inauguração do MC perto de casa.

As ruas mudaram de nome, acompanhei as obras da Ponte Estaiada e fiquei encantada com a obra final. Senti falta dos outdoors. Adorei receber o Metro no farol e ter o que ler no trânsito.
Fiz piquenique no Pico do Jaraguá.

Já pensei inúmeras vezes em ir embora.
Mas, alguma coisa ainda me prende aqui...
Um pouco de tudo isso e todo resto que só São Paulo tem!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Vai um Pringles aí?

Um dia, num almoço, ouvi a expressão "você é um saco de batatas e não um homem"...Até pela pessoa em questão ser conhecida minha, eu não entendi muito bem o posicionamento.
Guardei a informação.

Como nada na vida é por acaso, meses depois tive a chance de entender a expressão, aplicá-la e não ter encontrado definição melhor.

Aí vai...

Um homem de verdade tem como característica básica a coragem.
Coragem para assumir seus sentimentos, sua culpa e principalmente para tomar as atitudes necessárias e convenientes em cada situação.
Além disso, o homem de verdade expressa sua emoção...não tem vergonha de chorar, de falar o que pensa e sente. Afinal, se ele é corajoso, ele consegue lidar com as consequências dos seus atos, pois pensou bem antes de fazê-los.

Já o saco de batatas é o extremo oposto.
Covarde, se faz de vítima, briga sem pensar, tem medo de errar e só erra.
Magoa as pessoas com sua falta de atitude e quando age, ou piora ou gera raiva, o que pode ser bem pior.

No fundo, tenho pena dos sacos de batatas...eles perdem oportunidades de terem pessoas boas ao redor, pessoas que poderiam ajudá-los a serem homens de verdade...mas, quem disse que eles querem, não é mesmo?
Deve existir lá suas vantagens em ser um saco de batatas...

Eu honestamente prefiro passar a vez.
Prefiro levar anos para encontrar um homem de verdade do que perder cinco minutos preciosos da minha vida com um saco de batata...agora que estou de dieta dispenso até Pringles, que dirá de um pseudo-homem.

E tenho dito!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Vamos nos permitir...

Honestamente eu não consigo entender.
Tamanha raiva, indiferença, mudança de comportamento.

Somos adultos, não?
Lidamos com tantas situações dificeis, matamos leões e leões por dia e quando é para falar da gente, é assim? Um abismo?

Não, eu não concordo.
Tem que ser uma coisa leve, divertida, que faça bem para nós dois.

Vem aqui, tira a máscara e abre o coração.
É bem melhor assim, garanto!



O que você quer eu quero mais


O que você diz não me distrai


Mas pode acreditar em mim


Que tudo fica bem mais fácil assim




Sei que é difícil arriscar


Amanhã quem sabe o que será?


Mas pode acreditar em mim


Por que você tem tanto medo assim?




Delicadamente te levar


Muito além desse lugar


Resistir é natural


Mas tudo se resolve no final...