terça-feira, 25 de novembro de 2008

Seja rico ou seja pobre o velhinho sempre vem...

Aniversário, dia das crianças e natal...essas, com certeza, são as datas mais aguardadas pelas crianças...

Cada uma a sua maneira, tem um sabor especial.

Mas há algo comum nessas datas...o presente!

Ganhar aquela bicicleta, boneca, patins, vídeo game, computador, máquina fotográfica, etc...tudo tão sonhado que quando recebe é literalmente a realização de um sonho.

Talvez esteja aí a magia do natal para as crianças.
Acho que para quem tem mais dificuldade financeira vê no Papai Noel a chance de ter aquela boneca e ser, por um dia, igual a qualquer outra criança.

Minha avó teve uma infância muito difícil. Certo ano, resolveu pedir para o Papai Noel um patins. Quando acordou, foi olhar na janela e se deparou com um par de sandálias...Nem ele, pode dar o patins.

No primeiro natal em que eu já tinha idade suficiente para pedir um presente, pedi um picolé de uva. Meus pais não entendiam. Falavam que era a data em que eu podia pedir qualquer coisa, afinal, tinha sido uma boa menina e lá em casa, presente era só nessas datas...mas eu queria um picolé de uva!

Vi o Papai Noel pela primeira vez. Tremia, de medo e de emoção...
Ele chegou pertinho de mim e me entregou um pacote imenso.
Era um carrinho de madeira. Quando abri, tinha uma caixa de picolé de uva.
Abri um sorriso.
Tomei o sorvete e dormi feliz.

Minha avó acompanhou tudo de perto. E viu que um sonho simples não deixa de ser um sonho.

Foi, sem dúvida, o presente mais especial que eu ganhei...e acho que o que o Papai Noel ficou mais orgulhoso em dar...ainda, que sem entender.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Superstição (100!!)

"Eu vivo esperando
E procurando
Um trevo no meu jardim
Quatro folhinhas, nascidas ao léo
Me levariam pertinho do céu
Vivo esperando
E procurando
Um trevo no meu jardim"

Sexta-feira saiu da guilhotina

Existem duas formas de encarar a vida...

Uma é achar que a sexta depois do feriado de quinta é outra segunda-feira na semana.

A outra, é achar que a semana já começa no melhor dia, a sexta-feira.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

São só garotos?

Quando será que deixou de ser o confidente fiel e passou a ser o inimigo número um?
Por que será que todo aquele amor se tornou ódio?

Que dia deixou de ser humano e passou a ser celestial?

Engraçado...quando fazia bem, era uma pessoa. Agora que faz esse mal, que machuca só de (não) olhar, parece mágico.

Quando será...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Para bom entendedor...

Quando abriu a caixa de e-mail não esperava ler aquele nome.
Mas o que será que era, depois de tanto tempo? Correntes ou piadas tinha certeza que não era, afinal o assunto era "Oi..."

Pensou em deletar sem ler...não queria mais mexer com isso.
Mas, a curiosidade foi mais forte...

Não ficou surpreso com o conteúdo....Pedidos de desculpas, dúvidas, lamentações, e até promessas. Mas, ainda?

Pensou em responder de forma grosseira, mas o que iria ganhar com isso? Nada...Então, pensou em falar as mesmas coisas, de forma mais delicada...Mas, será que conseguiria??
A verdade é que não aguentava mais aquilo e tinha medo que ela fosse (ainda mais) doente (do que parecia).

Chegou a escrever algumas palavras...mas deletou...Deletou tudo, inclusive o e-mail dela.
Afinal, já tinha deletado ela da vida dele, clicar em excluir era bem mais fácil.

Ela todos os dias abria a caixa de e-mail com o coração acelerado. Apertava F5 insistentemente...Aliás, insistência era uma característica forte sua.

Mas, por quê será que ele não responde?
Talvez porque não saiba a resposta...é, então isso quer dizer que ele ainda sente.

Pensou isso por anos...todos os dias, abrindo a caixa de e-mails....

Às vezes, o silêncio é a melhor resposta...desde que o receptor esteja disposto a entender.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Aquecimento mental

Tudo o que queria era tomar um banho e descansar...
Não tinha planejado aquela viagem, foi assim, passeando pela cidade, quando viu, já estava na estrada.

Estrada ótima. Até começar a chover.
Choveu muito e muito forte...ouvia o granizo batendo no teto do carro...
Nenhum posto próximo, nenhum sinal de vida...

Era só ela e a chuva.
Placas sinalizavam cidades próximas...todas desconhecidas.
Esperou pela placa do retorno.

Estranhou que quando olhava pelo retrovisor, o céu estava limpo.
Alívio...quando pegar o caminho de volta estará mais tranquilo.

O retorno apareceu...ufa!

Mas a nuvem parecia estar seguindo-a.
A chuva continuou com a mesma intensidade, até chegar na garagem do prédio.

Entrou no banho.
Foi quando se deu conta...a tempestade estava com ela, fosse onde fosse.

Sem previsão de sol.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Fechado a 3 chaves

"Quando amar significa sofrer é sinal de que está amando demais"...e tudo que é em excesso é ruim.

Às vezes passamos por coisas na vida e não entendemos muito bem o porquê...e pensamos "Por que comigo?" "O que eu fiz para merecer isso?"

Até que as coisas mudam naturalmente, e às vezes nem temos tempo de analisar com mais calma...
Mas, não tem jeito, quando um problema aparece e não é resolvido, ele se repete, como uma praga, até que a gente se dedique, como ele exige.

Três anos.
Lágrimas, raiva, lamentação, provocação, ignorância, inveja, ciúmes.
Silêncio, sumiço.
Reflexão, clareza...razão.

Foi preciso passar mais uma vez pelo problema para que ele aparecesse de verdade.
Foi preciso que ele perdesse a forma, caísse a máscara, para que pudesse ser identificado...e com certeza, ele pareceu muito mais doloroso.
Afinal, culpar o outro é tão mais fácil.

Não há como seguir em frente se não pegarmos um impulso...
Não há como pegar impulso sem ir para trás...
Não há como ir para trás sem sofrer.
Portanto, é preciso coragem e força, para ir para trás o tanto quanto for necessário para chegar mais adiante e ter como consequência, a felicidade.

Quanto tempo demora?

Um dia ou uma vida inteira...depende.
Depende da sua disposição para mexer em tanta coisa que estava ali, quieta.

Tem gavetas que se a gente pudesse, deixava-as trancadas para sempre, mas não dá.
Uma hora, mesmo que a gente não queira ou perceba, alguém encontra a chave.

Três anos para abrir uma gaveta....foi mesmo difícil encontrar a chave.

A expectativa era enorme.

Tinha certeza que ia finalmente encontrar aquele par de óculos perdido.

Achava que finalmente voltaria a enxergar.

Mas, quando abri, era ainda melhor...

Ela estava vazia...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Home office

Maria sempre pedia para a mãe para faltar na escola.
É tão legal faltar na escola...no dia seguinte todo mundo quer saber o que aconteceu, você se sente importante.

Agora que a gente cresceu ela acha chato mesmo ir para a escola.
Então, como sabe que se pedir para faltar vai ouvir um belo "NÃO", Maria finge que está doente. Chegou até colocar alho debaixo do braço (eca!), para esquentar...não sei da onde ela tirou isso, mas ela disse que funciona.

Eu não gosto de fazer essas coisas...apesar de também não gostar muito de ir na escola, me sinto culpada em fazer isso.

Mas a minha mãe é bem diferente da Maria.
Minha mãe tá com um problema no olho, tá vermelho e inchado (muito engraçado)...o médico disse que ela não pode ir trabalhar, porque pode passar para outras pessoas.
Ele deu um papel deixando ela faltar...mas ela não consegue.

Fica preocupada e trabalhando de casa.

E eu, só queria aproveitar o dia livre, para brincar com ela.
Mas ela disse que dia livre, é final de semana e férias...e não doença.
Acho que minha mãe precisava conversar com a Maria.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Sua história

(Acordei hoje com essa música na cabeça...ela me lembra uma época feliz da vida)

Ele vinha sem muita conversa, sem muito explicar
Eu só sei que falava e cheirava e gostava de mar
Sei que tinha tatuagem no braço e dourado no dente
Minha mãe se entregou a esse homem perdidamente

Ele assim como veio partiu não se sabe prá onde
E deixou minha mãe com o olhar cada dia mais longe
Esperando, parada, pregada na pedra do porto
Com seu único velho vestido, cada dia mais curto

Quando enfim eu nasci, minha mãe embrulhou-me num manto
Me vestiu como se eu fosse assim uma espécie de santo
Mas por não se lembrar de acalantos, a pobre mulher
Me ninava cantando cantigas de cabaré

Minha mãe não tardou alertar toda a vizinhança
A mostrar que ali estava bem mais que uma simples criança
E não sei bem se por ironia ou se por amor
Resolveu me chamar com o nome do Nosso Senhor

Minha história e esse nome que ainda carrego comigo
Quando vou bar em bar, viro a mesa, berro, bebo e brigo
Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz
Me conhecem só pelo meu nome de menino Jesus

(Chico Buarque)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Até que a morte os separe?

Ele era um dos caçulas de 20 filhos do casal formado por uma índia e um português, do interior de Minas Gerais, interior mesmo, a ponto da cidade inteira ter algum grau de parentesco com ele.

Ela era a caçula de dois filhos do casal formado por brasileiros mesmo, do interior de Minas Gerais. Perdeu a mãe aos seis anos, foi criada por tias e primas e cuidou de outras tantas crianças da família.

Ele fez seminário, não por querer ser padre, mas por ser a única instituição de ensino público da região.
Ela fez magistério, não por querer ser professora, mas por ser a única opção para mulher naquela época.

Ele brigou com um irmão e decidiu mudar dali. Foi para outra cidade do interior de Minas, onde teria mais oportunidades. Começou a trabalhar no banco, onde ela trabalhava.

Se conheceram.
Cinco anos de diferença.
Se apaixonaram.
Se casaram.

Ele foi promovido no banco, e com isso, teria que mudar para o Paraná.
Ela teve que deixar a família.
Foram.

Constituíram a própria família...iam para Minas ao menos uma vez por ano, fora isso, as notícias vinham por carta...páginas e páginas com as novidades, que levavam no mínimo 20 dias para sair de Minas e chegar no Paraná.

Ele foi promovido de novo, agora com os filhos pequenos, precisava ir para São Paulo.
Ela não queria ir, tinha medo. Mas pelo bem da família, foi.

Os filhos cresceram, estudaram, se formaram na faculdade, casaram e construíram suas próprias famílias.

Dividiram momentos.
Dançaram valsas, choraram perdas, conversaram.
Eram cúmplices.

Ele sofreu dois infartos, com dez anos de diferença entre cada um. Precisou operar o coração. Quatro pontes safena e trocou a válvula mitral...aguentou quatro meses depois da cirurgia.
Foi embora, na cama, ao lado dela.

Ela não aguentou a solidão.
Ouvia seus passos no apartamento, mesmo depois de ter mudado de casa.

Foi encontrar com ele, cinco anos depois.

E vivem felizes para sempre...juntos!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Final de semana

"Não confunda nunca sua carreira com sua vida"
(Luis Fernando Veríssimo)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Yes, they can!

Eleição recorde...em um país onde a democracia é praticada e por conta disso a liberdade de voto é respeitada, nunca houve tantos eleitores, empenhados na mudança.

Há tempos não se via um grande prêmio de fórmula 1 tão emocionante e disputado. Não tinha um favorito, mas sim dois...diferença mínima de pontos, tempo de experiência entre os pilotos quase igual.

O mundo se emocionou com Obama...símbolo de diversidade cultural, que sofreu preconceitos, e ao invés de fazer papel de vítima decidiu provar ao mundo, literalmente, que ele conseguia.

No ano passado, uma falha, um deslize (quase literal) colocou tudo a perder. Portanto, dessa vez, tinha obrigação, imposta por ele mesmo, de vencer. Decepção para alguns brasileiros...mas sua vitória mostra que a justiça tarda, mas não falha...sinal de esperança para Massa no ano que vem.

E eles conseguiram...
Obama é o número 1 do mundo...líder do país mais poderoso do mundo.
Hamilton é o número 1 da velocidade....líder do campeonato de corrida mais famoso do mundo.

Pois é...
Eles podem!

Que fique o exemplo, para que nós, um dia, possamos falar: Nós, também, podemos!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Tentativa

- O que você quer agora? Que papelão...vergonha! Vingancinha, que coisa feia...ficou tentando provocar. E agora vem com papinho furado pra cima de mim?? O que é que você quer??

- Juro que não foi vingança, nem provocação...foi um momento de carência. Uma bobagem, um equívoco...Você sabe como eu sou...Só estou tentanto resolver, melhorar... Eu estou falando, juro que não foi por vingança, eu não faria iss...Espera aí..vingança do quê?

Silêncio.

- Nada, nada.

- Responde.

- Não tenta virar o jogo...o papelão foi seu. Aliás o interesse é seu, por mim esse papo nem tinha começado.

- Quer dizer que pra você tanto faz?

- Com certeza.

- Então, qual a razão da irritação?

- Ah não, já chega. Tchau!

Silêncio.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

SLOGAN FUNDIDO

ITAUNIBANCO
NEM PARECE QUE FOI FEITO PARA VOCÊ!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Pedido

Quando será que jogaram o balde de água gelada para acordar e encarar uma realidade tão dura?

Ou será que é agora que está dormindo e tendo um pesadelo?...Se for isso, por favor, jogue já o balde de água fresca.

Agora, se não for um pesadelo, se for a realidade mesmo, por favor, cante depressa aquela canção, pedindo pro bicho papão sair de cima do telhado.

Desde já, obrigada!