quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A Ç Ã O

Desde o início eu sabia que não seria fácil.
Mas o momento era propicio e eu precisava daquilo naquele instante.
Fechei os olhos...

Doce ilusão acreditar que o tempo muda as coisas.
Na verdade, ele intensifica...as coisas boas e as ruins. E nós temos o péssimo hábito de salientar as coisas ruins.
Abri os olhos, mas tratei de colocar óculos escuros...

Dar uma chance, entender, apoiar, esperar.
Só não queria que desse errado de novo.
Só não queria sentir aquela sensação de fracasso, de vazio, aquela dor que te corrói por dentro sem remédio que dê conta.
Escancarei meus olhos, segurei-os com as mãos, pois eles insistiam fechar....

Tapei os ouvidos.
Eu não queria escutar, queria que você fosse embora sem dar adeus.
Fuga? Sim, e daí?
Já passei por isso tantas vezes...meus ombros doem e eu estou cansada.

É como diz a canção:
Te vejo errando, isso não é pecado, exceto quando faz outra pessoa sangrar. Te vejo sonhando e isso dá medo, perdido num mundo que não dá para entrar. Você está saindo da minha vida e parece que vai demorar, se não souber voltar ao menos mande notícias, você acha que eu sou louca, mas tudo vai se encaixar. E não adianta nem me procurar em outros timbres, outros risos, eu estava aqui o tempo todo só você não viu...e essa abstinência uma hora vai passar.

O que você está fazendo agora, eu já fiz milhares de vezes.
E te aviso: me arrependo até hoje.
Com você não será diferente.

Pena você ter escolhido o lado que prefere você no chão, do que aquele que colocava a mola.
Pena você preferir o de sempre, quando era hora de mudar.
Pena você recusar um sentimento puro e verdadeiro, em troca de algo doentio.

Tenho que seguir adiante, sem me preocupar com você. Sem olhar para trás.
Não vai ser fácil, eu sei...mas se eu tive forças para lutar que a nossa história desse certo, eu tenho forças para lutar que a minha dê mais certo ainda.
Porque a minha mola, eu carrego sempre comigo.

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