quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

2011 enfrentamentos

Então, lá vamos nós, 2011...

Um ano dificil, chato, puxado e longo, muito longo.
Confesso que já desconfiava que seria assim...depois de um ano sensacional, cheio de novidades como foi 2010, 2011 seria, no mínimo sem graça.

Comecei o ano na minha cidade predileta...mas numa festa estranha, com gente esquisita. E essa foi a primeira decepção do ano. O que era pra ser um festão, foi uma festinha bem da mixuruca.
Cortei o cabelo, voltei a trabalhar com as energias renovadas.
Me matriculei na academia, no inglês e no espanhol...não fui em nada, nadinha. Sempre tinha outras prioridades que não eu na minha vida.

Minha avó tinha um ditado que eu achava engraçadissimo, ela dizia "nossa gente, tá morrendo gente que nunca morreu".
E em 2011 tiveram várias mortes surpreendentes.
Primeiro foi a Amy Whinehouse...e assim como uma outra ídola minha, fiquei sabendo fora do país, dessa vez pelo facebook e com o alivio de ter ido ao show dela no inicio desse ano.
Depois vieram José de Alencar e Steve Jobs. Luto inter e nacional.
Porém, os que mais me assustaram foram a do meu avô, aos 91 anos, quietinho na casa dele, onde graças a Deus tive a chance de me despedir dois dias antes, sem imaginar que isso fosse acontecer...não naquela semana, não daquele jeito...
Dezembro chegou e ai tive um susto. Uma ligação, um choro ao fundo...Um bebê de 40 dias, é demais. De uma pessoa querida então, nem se fala. Como entender, como ajudar, como continuar firme??? Impossível. Foi a maior sensação de mãos atadas que tive na vida, minha única vontade era de trocar de lugar com a minha amiga...eu merecia sofrer, ela não.
Em menos de dois dias, outro telefonema. Um homem de 35 anos, cheio de energia, um dos responsáveis por eu ter aprendido (na marra) a trabalhar sob pressão, a abrir meus olhos pro mundo, sem perder um pouco da inocência, teve um enfarto fulminante no estacionamento do shopping depois do almoço, quando estava comemorando que finalmente tinha dado a volta por cima, depois de 2 anos com problemas no mercado de trabalho.
Ironicamente, com a morte dele, tive mais um aprendizado para a vida....Jamais devemos priorizar qualquer coisa que não seja nós mesmos.

Voltei para terapia...não estava mais conseguindo administrar tantas coisas. Foi difícil voltar, encarar o fato de que tudo que aprendi em 2009, deixei de lado em 2010 e até aquele momento.
Mais difícil ainda foi tirar de vez a venda dos olhos. A claridade incomoda tanto.
Senti na pele aquela máxima de que nascemos sozinhos e morreremos sozinhos. Buscar que o outro nos incentive a qualquer coisa é o cumulo do comodismo. Aprovação? De quem?? Não, isso não existe.
E essa foi a maior das lições que tive nesse ano.
Não posso esperar nada de ninguém, afinal, a vida é minha e se alguém tem que fazer algo por ela, sou eu.

Decidi então a me tornar prioridade...ignorar a falta de confiança daqueles que mais deveriam me dar suporte e credibilidade e ir atrás do que realmente me fazia feliz.
Sim, é possível arrumar os dentes depois de adulto, é possível emagrecer e sim, aquele que você menos espera pode ser aquele que mais compreenda a sua dificuldade e estará disposto a te ajudar...e se você pede ajuda, tem que estar disposto a dizer "errei e pago por isso"..e sabe, o retorno pode ser melhor que o esperado.
Família margarina não existe. Só no comercial e olhe lá.
Por isso, não vale gritar, espernear, implorar por ser levada a sério...o melhor é se afastar e lidar com a frustração de ficar sozinha do que com todas essas.

Outra grande frustração foram as minhas férias...o que era para ser um momento de relaxar, espairecer e finalmente descansar depois de 1 ano e meio exaustivo, foi de 80% de tensão, nervosismo e a sensação de fracasso e de não pertencer ao mesmo mundo que os demais.

Agora é estudar LIBRAS, voltar para a Academia, encarar o regime e colocar o aparelho...
Tchau 2011 e 2012, por favor, seja bonzinho comigo e me traga o retorno desse esforço todo.

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