segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Depois daquela viagem.

Sexta-feira, 18 horas na terra da garoa...Trânsito insuportável? Óbvio: 1 hora e quarenta minutos para sair do Itaim-bibi até a rodoviária do Tietê. Para tranquilizar, minha mãe, com toda sua calma falava "Fica tranquila, vai dar tudo certo".

Estou acostumada a viajar de ônibus...quando vou sozinha, acho bem melhor do que ir de carro. Mas estou habituada a ir para cidades relativamente próximas de São Paulo, portanto, 5 minutos de antecedência são suficientes para comprar a passagem, sentar na janela e sem ninguém do lado.

Não que nunca tenha viajado para lugares mais distantes...durante a adolescência, ia todas as férias para Maringá (PR), 9 horas de viagem...e achava o máximo. Mas a última vez que fiz isso, foi em 2003....E 5 anos é tempo suficiente para perder um hábito.

Chegando no guichê a primeira surpresa...sabia que tinha ônibus de 15 em 15 minutos para Ribeirão Preto, só não sabia que era tão disputado assim....o próximo era só às 20:45.

Sim, fiquei 1 hora e 5 minutos na rodoviária lotada de gente.

Dei uma volta por lá...assisti a um show ao vivo, de cantores latinos. Liguei para minha mãe falando que ela estava certa, fiz umas palavras cruzadas e quando vi, já estava na hora.

Chegando na plataforma, fila. Entreguei minha mala para colocar no bagageiro e aí, mais uma surpresa: "Mini ou rodoviária central?". Putz, como eu vou saber? Optei pela central e ainda falei "É em Ribeirão mesmo, né?!" (tonta).

O ônibus lotado, mas muito confortável, com lugar para colocar o pé e tudo mais. Cadeira devidamente enclinada, fone no ouvido. Antes de dar a partida, o motorista passou pelo corredor, conferindo os lugares preenchidos. Apagam-se as luzes, começa a aventura.

Como meu MP3 estava sem bateria, fui ouvindo rádio. Até Campinas, quando as rádios começaram a falhar. Decidi tentar dormir. A menina do meu lado, estava toda a vontade, devia estar acostumadissima a fazer o trajeto. Tinha bom gosto para música, fiquei ouvindo de intrometida seu MP3...até Cazuza rolou.

Tirei um cochilo.

Fui acordada por um grito abafado "20 minutos". Era a parada.

Nossa! Há quanto tempo não ouvia aqueles recados da parada...aquela música da lanchonete ao fundo. Nunca desci. Tinha medo de entrar no ônibus errado, ou perder a hora. Dessa vez, por pura preguiça.

Com uma pontualidade de deixar a Dona Elizabeth morrendo de inveja, 20 minutos depois, lá estávamos nós. Confere- tá todo mundo aí, partida, estrada. O sono bateu forte.

Acordei com um certo movimento no ônibus. Luzes e apitos de celulares, pessoas ligando falando "estou perto". Fiz o mesmo. Avisei meu pai, que estava chegando, para ele ir até a rodoviária central (contando que ele iria perguntar para alguém do hotel onde era).

Finalmente entendi o que era a tal mini...é a mini-rodoviária. A maioria desceu ali. Pouco tempo depois, cheguei na central.

01:20. Podre de cansada. Meu pai estava lá (ufa!).
Entramos no carro. "E agora?", pergunta daqui, pergunta de lá. Cada um ensinava um caminho diferente para a mesma rua. Depois de mil voltas no quarteirão (em 15 minutos), chegamos.

E assim foi o começo de uma nova fase....

5 comentários:

Unknown disse...

Espero que dê tudo certo nessa nova fase.

Gabe Manzo disse...

Opa, saudades de ver vc por aqui. Mesmo vc perdendo o showzinho de sexta (muitos perguntaram por você) acho que compensou e muito pela sua ida pra Ribeirão!
Amo.
Ah, hahahahah!! Quero ir um dia em Ribeirão só pra me perguntarem se vou parar na mini! hahahahahah!

Anônimo disse...

Morei meu último ano lá e agora estou de volta a SP. Você vai adorar a cidade. Principalmente a cerveja gelada e barata.

Aproveite.

Obrigado pela visita no meu blog.

beijos,

Laiz disse...

Bonito, né dona Ana, ou melhor: Donana... kkkkkkkkk
Passou aqui pela roça e não me deu nem um oizinho de nada.
Ficou no Taiwan mesmo? É super fácil voltar pra lá, principalmente pra quem já havia ido de lá até a rodoviária... Enfim...
Setiu o calor da Califórnia "sem praia" brasileira???
Vê se empolga sua mãe para vir, diz pra ela: vai mãe, calma que vai dar tudo certo... kkkkkk.
Beijão lindona!

Sereníssi*mah* disse...

Os recomeços são tão animadores, não é mesmo?
Sabe que tenho uma curiosidade?
Ela desvia um pouco do texto, mas nem tanto...
Quem é a Ana?
E essa viagem, o que significa na vida dela?
Penso sempre nisso quando me vejo participante destas relações virtuais tão pós-modernas e esvaziadas de sentido, que acabam sublimando o que as pessoas têm de melhor...
elas mesmas.
É um tanto entristecedor, ainda mais quando encontramos pessoas tão interessantes (e interessadas) como você!

Colegas de blog? é o que somos, né?
Impessoal, mas fazer o quê?