segunda-feira, 11 de maio de 2009

Desperdício

Acordou diferente aquele dia.
Ficou alegre até na hora de arrumar a cama. Levantou o lençol e viu o mundo ao seu redor.

Foi para o parque, não para correr, como de costume.
Sentou na grama, queria relaxar...deixar os problemas da semana, no passado. Queria sentir o mundo de uma forma diferente. Mais! Queria acreditar que poderia ser diferente.

Fechou os olhos.
Sentiu um toque nas mãos.
Arrepiou-se, mas não abriu os olhos. Não sabia se era fruto dessa tentativa de ver o mundo sob uma nova perspectiva ou se estava realmente acontecendo.

Imaginou quem era, obviamente, era quem gostaria que fosse.
Seu coração disparou.
Sorriu.
Sentiu o vento mais forte.

Percebeu que não sentia mais aquela presença ali.
Abriu os olhos...
Correu em direção ao corpo que passava pelo portão do parque.
Tarde demais.

Ele foi.
Para sempre.

4 comentários:

Fernando disse...

Pelo portão do parque muita gente pode ir e vir. E hão de vir.

beijos

Heloisa disse...

e o que será que o portão representa?! rs rs.. e como o fernando disse: hão de vir! aguarde!!

beijoo!!

Sereníssi*mah* disse...

A vida é feita de oportunidades e oportunidades são únicas!
Se foi não volta mais mesmo, ainda que volte.

Sereníssi*mah* disse...

P.s.: Dois comentários otimistas e um nem tanto. Desculpe, minha leitura... ainda assim, veja que nela há um sentido implícito, o "lado bom". Sempre tem, né?!