sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Insight

Primeiro achei que amar era aquela sensação que eu tinha só de saber que ia te encontrar em algum lugar, ou quando via o seu carro...o coração disparado, o frio no estômago, uma vontade de rir misturada com choro.

Depois de um tempo, talvez por costume ou pela certeza de que tinha dado certo, essa sensação passou...
E então, eu passei a acreditar que amar era aquela vontade de estar o tempo todo ao seu lado, aquela saudade imensa depois de passar pelo portão depois de um dia maravilhoso juntos.

Quando tudo terminou, eu passei a ter a convicção de que te amava. Afinal, dizem que nós só damos valor àquilo que perdemos...e, apesar de ter certeza que eu dei o devido valor enquanto estávamos juntos, sentia muita falta. E essa falta me fazia acreditar que era amor de verdade.
A falta, junto com os pensamentos constantes- "o que será que ele está fazendo agora?", "ai esse filme nós vimos juntos", "foi aqui que nós conversamos sobre casar e ter filhos", "como demos risada nesse restaurante"....e isso me fazia ter certeza de que era amor.

Só agora, depois de tanto tempo, é que consigo perceber que nada disso é amor.
Na verdade, eu não sei o que é amor.
Só sei que borboletas no estômago, saudades instantâneas e falta, de forma isolada, não passam de empolgação, dependência e carência...e nenhuma dessas coisas é amor.

Quem sabe um dia eu sinta...

2 comentários:

Gabe Manzo disse...

You have got it!
Amor é sempre dependência..o que pode ter a melhor ou a pior conotação.
Na minha opiniãozinha, amor é o tamanho da importância que se dá à uma pessoa.. e o que você faz para manter isso. Quando você não precisa conter mais nada desse amor, passa a não mais sê-lo, que é o que aconteceu no fim do seu texto. Perdeu a importância toda, sente-se que não era amor de fato, por mais que já tivesse sido um dia.

Heloisa Emy disse...

Eu acho que... amor é simplesmente... amor! Cada um sente de um jeito, cada um sente uma coisa...
Acho que se juntarmos os sintomas que você citou: borboletas no estômago, saudades instantâneas, falta... e mais algumas sensações e sentimentos resulta no amor! Mas vai saber... eu digo que amo, e pode ser que no final eu descubra que nada do que eu senti era amor...