quinta-feira, 5 de junho de 2008

Nem 08, nem 80

Dizem que a verdadeira sensação de tranquilidade é quando tudo está em equilibrio. O trabalho vai bem, a família, os amigos...sem grandes novidades, nem boas nem ruins, tudo está tranquilo.

Mas, são raras as fases de equilibrio. Todos os dias acontecem coisas na vida para que a tal situação de equilibrio vá para um dos extremos.

Encontrar um bilhete premiado da loteria NO LIXO, pode ser uma dessas coisas...

Foi noticiado que uma senhora ganhou duas vezes na loteria, e não foi piada.

A tal senhora, achou que havia perdido o primeiro bilhete e resolveu refazer a "fezinha" com os mesmos números. Ganhou! Mas não foi a única. O problema é que a outra pessoa (seria a terceira pessoa do caso menina Isabella?) não se manisfestava.

A dona da casa lotérica, se sentiu na responsabilidade de anunciar a um de seus clientes que ele havia se tornado mais rico. Rodou a cidade (foi no coreto, na praça da igreja e até na sorveteria), mas não encontrou o sortudo.

Perto de desisitir, a dona da lotérica, como toda boa brasileira que não desiste nunca, deixou o nojo de lado e foi mexer no lixo (também, só tinha papel mesmo...). ENCONTROU O BILHETE! E por conta dos números escolhidos, encontrou a vencedora. Sim, a segunda tentativa da senhora vencedora, foi com os mesmos números do primeiro bilhete. E ela não tinha perdido, tinha jogado no lixo por engano.

Alegria, comemoração, agradecimento pela ética da dona da lotérica, cinco minutos de fama e pronto.

Vem uma enquete, para você responder de casa:
"Se você encontrasse um bilhete premiado na loteria, o que faria?
1) Pegaria pra você
2) Entregaria para a pessoa. "

Pera aí, e a opção: "não mexeria?", não existe? Então quer dizer que ou eu sou santa, honesta e ética, ou eu sou pilantra, egoísta e sem caráter?

E as variavéis envolvidas nisso, do tipo o número infinito de pessoas que jogam na loteria e o também infinito número de casas lotéricas numa cidade como São Paulo (onde seria, humanamente impossivel bater de porta em porta perguntando se a pessoa conferiu o resultado), não valem?

Concordo plenamente que o equilibrio é raro, mas não acho que somos uma coisa ou outra, mas sim a mistura delas, e pendemos para um dos lados de acordo com a situação.

E ser julgado por causa de uma atitude esporádica é, no mínimo, preconceituoso, ainda que o julgamento seja "positivo".

2 comentários:

Laiz disse...

Sabe Ana,
O equilíbrio pode parecer bom, eu mesma acho que é.
Uma vida cheia de agitação, ainda que boas agitações, acabam cansando, mas voltando à pasmaceira, digo, ao equilíbrio, eu chamo essas (raras) fases de "zonas de conforto".

Ah! Que delicia, mas ela traz em si mesma uma coisa horrorosa: não crescemos, não evoluimos, ficamos morgando nas águas paradas desse conforto e a única coisa que água parada tem é larva de Aedes Aegypti, portanto, vamos deixar o equilíbrio para pessoas que não querem viver a vida com paixão e esta minha cara, é cheia de altos e baixos!

Mega beijos!

Anônimo disse...

Infelizmente somos "julgados" no 8 ou 80...poucos enxergam com equilíbrio!
e...portanto nos julgam sem equilibrio!!!

bjs