terça-feira, 3 de junho de 2008

Eu quero entrar na rede...

A MTV é um dos canais que mais se dedica aos jovens no Brasil. Já fui mais fã, durante um tempo até assinei a revista (comprei com orgulho a primeira edição). Talvez tenha passado um pouco da fase, mas acho que os programas decaíram.

Sexta-feira, resolvi matar as saudades e assisti um programa que acredito ser novo. Trata-se da apresentadora Penellope, na rua (aliás o nome é MTV na Rua), discutindo brevemente uma série de assuntos. Um dos temas daquela noite era a linguagem de internet e seus maleficios. Penellope, irritada, disse que não suporta linguagem de internet. No canal mais jovem do país, a Internet, uma das maiores inovações dos últimos tempos, foi criticada, sem maiores justificativas.

Adoro ler o caderno Folhateen. Normalmente leio apenas as crônicas do 02 neurônio, três autoras com um humor inteligente sensacional. Mas ontem a capa me chamou a atenção, e resolvi dar uma lida na reportagem principal. O assunto: amizades virtuais.

Um pouco mais jornalistico que o programa da tv, o jornal apontou os prós e contras, além de ter apresentado alguns conselhos construtivos com relação aos riscos do mundo cibernético. Mas tinha lá seu tom critico a respeito da falta de afeto existente entre dois computadores.

Há alguns meses, vi uma reportagem no Fantástico (sim, amo tv) sobre o casamento de uma mulher brasileira, morando em Paris, com um homem também brasileiro, morando no Japão (ou algum outro país do oriente). Os dois, óbvio, se conheceram em solo tupiniquim. Mas ficaram anos namorando pela Internet e se casaram virtualmente.

Os pais da noiva levaram os notes, inclusive dos pais do noivo (perdidos em algum lugar do mundo), para o cartório, e com as devidas procurações, casaram a filha com seu amor, através da Internet. Os noivos, inclusive, beijaram-se pela webcam.

Falta de afeto? Distanciamento das pessoas? Má ifluência gramatical?

Tudo é uma questão do uso que se faz das coisas.

Quantas vezes não voltei das festas de 15 anos e fui direto pro computador, para falar com minhas amigas no ICQ. Nossa, quantas madrugadas divertidas tal programa não me proporcionou?! Quantas declarações não foram feitas, através de blogs e fotologs, ainda que indiretas, para o autor não se comprometer?

Sem falar nas inúmeras pessoas que vão tentar a vida no exterior e conseguem matar as saudades do que ficou no país de origem de maneira rápida, participando até do amigo secreto no natal.

Discordo plenamente da idéia que a Internet afasta as pessoas, apesar de não concordar muito com a idéia de "encontro as ecuras"- prefiro conversar com meus conhecidos mesmo (ou os conhecidos dos meus conhecidos)- tenho certeza de que a Internet é um meio sensacional de aproximação das pessoas.

O mais engraçado, é que meu primeiro e-mail era anacrf@mtv.com.br e eu vivia falando o internetês, tão criticado na sexta-feira, com meus amigos, inclusive com aqueles que estavam viajando de férias, do outro lado do oceano!

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu sirvo de exemplo, inclusive,pra dizer que a internet só aproxima as pessoas!! heheh..
Beijipo!

Laiz disse...

Vamos começar pelo princípio (e tem outro jeito de começar???).
Eu não sou uma pessoa que precisa de um "porque" para gostar ou não gostar das coisas, então lá vai:
Odeio o "internetes" (será que é assim que se escreve, sei lá...
Jamais, a não ser para citar como exemplo alguém vai ler um "naum" escrito por mim, acho o fim da picada, mas eu sou jurássica, então creio que minha opinião não conta muito , como adoro dar (opinião) e além do mais ela é gratuita, segue meu protesto:
Vamos respeitar a boa e velha gramática, afinal passamos anos e mais anos estudando-a, em vez de "inventar uma nova linguagem", vamos exercitar a digitação, é a única maneira válida para escrever mais rápido.
E viva as amizades virtuais!
E abaixo a lua-de-mel virtual, já viu coisa mais sem graça???
Beijos